terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ronaldo aceita convite da CBF e vira presidente


A Copa do Mundo do Brasil, em 2014, já tem um rosto. Ronaldo foi convidado e aceitou o convite para presidir o Comitê Organizador Local (COL) do Mundial.
Ele substitui a Ricardo Teixeira, que continuará envolvido no processo, mas não no cargo mais importante. O presidente da CBF começa a fazer campanha para substituir Joseph Blatter no comando da Fifa. Também serve para aliviar a barra do cartola, pressionado pela entidade máxima do futebol a deixar o cargo de coordenação da Copa. Além de ser visto com desconfiança pelo próprio Blatter, Teixeira não tem bom relacionamento e encontra dificuldade para marcar audiências com a presidente da República, Dilma Rousseff.
Ronaldo foi convidado na semana passada e precisou apenas de alguns dias para aceitar o desafio. A decisão ainda não é oficial, mas já foi tomada.
É uma escolha eficiente no marketing. O Fenômeno dá contornos mais populares ao torneio. A tática de colocar ídolo nacional para chefiar o comitê organizador não é nova. O papel foi desempenhado por Michel Platini em 1998 e Franz Beckenbauer em 2006. Mesmo não sendo nome ligado ao futebol e sem ocupar cargo, a imagem de Nelson Mandela foi explorada à exaustão na África do Sul, no ano passado.
Teoricamente, o ex-atacante ficaria encarregado de acompanhar as obras dos estádios e infra-estrutura em todas as cidades-sede.
No final da semana passada, ele negou a possibilidade de assumir o COL. “Fico surpreso com toda essa especulação. Não fui procurado, não sei de onde veio. Não tem nada, mas eu adoraria contribuir de alguma forma”, disse. Quando deu a declaração, já havia recebido o convite para o cargo.
Qual a função? / Ainda há alguns ponteiros a serem acertados na relação de Ronaldo na coordenação do comitê. O ex-jogador quer realmente colocar a mão na massa e ter papel efetivo nas ações do COL até 2014. Resumindo: o Fenômeno deseja mandar. Assim como Platini, que tomou todas as decisões relevantes referentes à Copa de 1998, na França.
No que dependesse de Teixeira, o ídolo seria figura decorativa. Mais um embaixador da competição do que qualquer outra coisa. Exatamente o que aconteceu com Beckenbauer na Alemanha, em 2006. Apesar de nomeado presidente do comitê organizador, o Kaiser apenas emprestava seu prestígio pessoal para a Copa do Mundo.
O primeiro efeito já foi o esperado. A escolha causou boa impressão entre os boleiros. “Eu aprovo e acho que ele vai fazer um excelente trabalho. Ronaldo já tem prática na administração, tem a empresa dele e possui qualidades para exercer o papel”, elogiou Cafu.
Antes do Fenômeno, Ricardo Teixeira pensou em nomear o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mas o político recusou, por acreditar que não seria escolha bem vista por Dilma Rousseff.

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